sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Irlanda: Pacote de maldades cobra fatura de governo em eleição - Portal Vermelho

Irlanda: Pacote de maldades cobra fatura de governo em eleição - Portal Vermelho

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http://www.waltersorrentino.com.br/2010/11/23/entrevista-com-carla-santos/

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Entrevista com Carla Santos Publicado por waltersorrentino em 23/11/2010

Demorou mas saiu! Há tempos pedi esta conversa com Carla Santos. Ela está por trás da TV Vermelho, uma ousadia (com o Toni C, já entrevistado aqui, gênio do hip hop. Seu pai faleceu semana passada, e o blog lhe dá sentidas condolências).

Carla é ousada em todos os terrenos. Fique com essa deliciosa conversa. Obrigado Carla, acho que os leitores vão gostar. E tuas sugestões foram ótimas para novas entrevistas.
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Carla, acho que você já conhece a proposta do blog na seção conversa.com?

Conheço sim e acho genial! É maravilhoso poder encontrar um blog que estimule a nossa curiosidade sobre quem são os milhares de comunistas brasileiros do século 21. É também uma maneira interessante de perceber a diversidade de conhecimentos que temos hoje. Vejo o conversa.com construindo pontes e diminuindo as distâncias entre todos esses saberes. Este mosaico, em permanente construção, me enche de esperanças, de uma alegria sincera por nos vermos assim tão ricos de história, de opiniões, de ações, de ideias.

Quero falar com quadros jovens, mulheres, criativos, que estejam enfrentando seu futuro profissional.

Opa, que maravilha! Sendo assim, aqui vão algumas dicas de possíveis entrevistas: Fabrício Solagna – Fu-xu, é fera no debate sobre propriedade intelectual e inclusão digital. Acabou de fazer uma especialização nos EUA, foi membro do Conselho Nacional de Juventude e atua na Associação Software Livre . Outro figurinha é o Davi Chakrian, atualmente ele é um jovem trabalhador do metrô de São Paulo, labuta na linha lilás e ajuda a gente lá no sindicato e já foi candidato a vereador em Osasco. Por fim, uma menina, a Mayanna Neves, primeira DJ mulher de Manaus, apresenta também um programa sobre esportes e ecologia em um canal aberto de TV. Todos eles são jovens do partido (têm menos de 30) e já foram, em algum momento, membros da direção da UJS (nacional, estadual ou municipal).

Então fique à vontade. No fundo é falar de você, de como vê a luta, o Brasil, o futuro, a juventude, a feminilidade, etc.

Acho que aquela velha música do Lulu Santos, que eu já vi tanta gente usando pra tanta coisa, resume bem como eu estou vendo tudo isso que está aí: “Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não, não, não…”

Quem é a Carla?

Eu ouvi algo assim faz pouco tempo: “eu sou a imagem que os outros fazem de mim a partir da imagem que eu ofereço de mim mesma aos outros”.

(Ornithoptera alexandrae)

(Ornithoptera alexandrae)


Você está nessa nova experiência jornalismo, aqui no Vermelho. Tem sido interessante profissionalmente? Quais os desafios?

Trabalhar com comunicação, ainda mais no Vermelho, tem sido uma experiência fantástica. Apesar de toda a ditadura do capitalismo, a internet e todas as ferramentas e softwares que estão por aí abriram um novo universo para a liberdade de expressão humana. Compartilhar destas possibilidades, perceber o quanto elas estão expandindo o potencial criativo de todos nós, é uma experiência de vida generosa.

Para manter e desenvolver essa experiência, incluindo nosso aguerrido galo Vermelho, vejo quatro entre os principais desafios. Primeiro, a garantia de que todos brasileiros possam ter acesso à internet de qualidade e com banda larga, o que ainda é um luxo no Brasil. Segundo, garantir um sistema democrático de rádio e TV digital. Se a plataforma não será mais analógica por que permitir que sete famílias continuem donas de todo espectro radiodifusor do país? Terceiro, pela permanência da neutralidade da rede, essa é uma grande conquista que não pode ser perdida. Quarto e último, por um novo paradigma sobre propriedade intelectual, pelo uso da licença CreativeCommons.

Também acho um desafio cotidiano, principalmente para os comunistas, apropriar-se destas lutas, entende-las como parte integrante de todas as outras (trabalho, educação, saúde, segurança, cultura, esporte, etc) deste presente e também do Brasil socialista. O direito à comunicação pode não parecer importante hoje, mas, sem dúvida, é a grande luta do futuro. Comunicação está mais do que provado, é puro poder. Quem dominar as novas plataformas de linguagens, ainda mais em um mundo globalmente digitalizado, incluindo o sistema financeiro, dominará conhecimentos chaves para transformar o mundo. Ah… Como gostaria de ter talento para ser hacker (que ninguém aqui confunda com cracker… )

Vocês estão implantando a TV, experiência meio que pioneira… Como tem sido?

Caramba, tem sido desafiador! Por muito tempo a gente achou que esse lance da linguagem audiovisual era só para gente profissional ou artista. A revolução tecnológica, a convergência digital, está mudando esse paradigma. Hoje, com pouco equipamento se faz milagres. Veja, nós comunistas temos um larga tradição nesse campo. Se começamos com Eisenstein imagina aonde podemos chegar hoje? No momento, o Vermelho já é o único site do campo da mídia alternativa que tem pelo menos um vídeo novo por dia e um próprio por semana. Nem mesmo o Conversa Afiada, ou o Vi o Mundo, blogs com grandes figuras do jornalismo televisivo, conseguem essa regularidade. Isso é motivo de orgulho, mas também de preocupação. As entidades do movimento social, por exemplo, poderiam ter um trabalho mais protagonista nesta área. Neste sentido, fiquei super feliz com a inauguração da TVT. Só que TV não é para qualquer um, já vídeo para a internet é para todos. O legal é que muita gente já se deu conta disso. Tanto que nas eleições de 2010 o vídeo na internet ganhou um papel nunca antes visto em embates do tipo no país. O que falta, muitas vezes, é investir na realidade o tamanho da vontade que a gente ouve no discurso.

Como foi a transição da UBES para a vida profissional? Você foi fera como presidenta da UBES…

Opa! A geração dos anos 90 foi fera mesmo! Rolou impeachment do Collor, convicção revolucionária frente à propaganda anticomunista pós- queda do muro de Berlim e, por fim, o freio ao avanço do neoliberalismo. Eu entrei na parada no finalzinho desta história, ali pelos idos de 1997, e como foi bom ver o Lulá já em 2002. Até hoje tem calouro lá na USP, onde curso Letras-Italiano, que acha engraçado ver a raiva que eu tenho do FHC. Eles não conseguem entender o quanto a gente sofreu naquela época. Como é bom poder sonhar o Brasil que estamos fazendo hoje!

Bem, diferente do que queriam os urubus da mídia, depois de protestar pelada, pela CPI da Corrupção do governo FHC, eu não saí da UBES e virei celebridade instantânea de revista masculina (rsrsr). Aliás, jamais tirarei a roupa novamente por uma causa, agora só por amor (ui!). Então continuei na direção nacional da UJS. Foram quase 10 anos dedicados a nossa gloriosa escola de socialismo, os últimos dois na diretoria de comunicação. Sabendo que estava de saída, o Bernardo me convidou para trabalhar no Vermelho, onde eu já colaborava como colunista. Pensei um pouco, mas não muito, e logo disse “sim” e até agora estamos aí.

Como você vê o Brasil neste momento, do ponto de vista geracional?

Poxa, essa pergunta é bem ampla. Que tal a gente falar sobre movimentos sociais, que sempre foi mais a minha praia? Nos anos 90, o governo FHC passou a estimular um protagonismo de oposição às organizações e entidades historicamente construídas (como partidos, grêmios, sindicatos e associações). Essa foi uma sacada muito inteligente por parte deles. Pra muita gente ainda é difícil resolver essa suposta contradição. Nesse caldo, em 2001, o 1º Fórum Social Mundial acontece reafirmando diferenças. A sociedade civil se via fragmentada, não éramos mais “os trabalhadores”, mas sim os negros, os LGBTs, os ambientalistas, e por aí vai. Isso acabou jogando água no moinho do fim da ideia de representação.
Só que a verdade é uma só: juntos, somos mais fortes. Entre outras mudanças, a popularização da internet, em pleno século 21, está mostrando que por mais diferentes que sejamos, sempre teremos algo em comum. Sempre estaremos buscando uma identidade coletiva. Claro que aqui eu estou falando do campo que entendeu, de maneira mais ou menos consciente, que vale a pena lutar contra a barbárie do capitalismo. Estamos também entendendo que as nossas diferentes motivações para transformar o mundo não são antagônicas, e sim complementares. Nenhuma bandeira é vertical. Toda luta é transversal.

O problema é fazer essa relação na prática. Veja, eu tenho uma tese, chama-se “trauma da clandestinidade”. Ela consiste em refletir sobre o quanto é difícil, mas necessário, superar práticas políticas que para gerações e conjunturas passadas foram imprescindíveis, mas que para as novas gerações e para o nosso tempo de hoje não fazem mais sentido. Eu tenho a sensação de que ainda nos organizamos como se estivéssemos na ditadura ou na guerra fria. Só que a guerra de hoje é outra. De repente parece que tudo é relativo e a única coisa que existe é o vazio. Se quisermos vencê-la, precisamos cultivar os nossos valores. De que adianta defender a democracia se no sindicato ainda temos as mesmas lideranças de 10 anos atrás? Se o jornal do DCE ainda é feito por um ou meia dúzia de dirigentes? Se defendemos as mulheres nas reuniões, mas em casa é elas quem continuam lavando a louça?

Acho que ainda temos muito medo do preconceito que criaram contra a gente. Se a gente desse mais a cara a tapa, poderia desfazer muito desse preconceito. Isso passa por construir mais ações em conjunto com pessoas que ainda não são filiadas a nenhum partido. Ouvi-las, dar espaço e construir junto com elas a realização de suas propostas. Apostar de verdade no potencial de troca entre os mais experientes e inexperientes na luta política.

Eu adoro passeata. Vou em todas, sempre que posso. Mas passeata é fruto de um acúmulo político. Olhe os pontos de cultura, por exemplo. Nos dizem: -contra o imaginário americano que domina o mundo, viva o nosso universal regionalismo! O governo Lula está aí, quem soube elaborar, aprovar e construir projetos coletivos, trabalhar em rede, cresceu. Quem ainda acha que as coisas acontecem somente dentro da sede está perdendo espaço. O tempo é de abrir a mente, arregaçar as mangas e pegar no pesado, carregar o piano mesmo. Essa é a nossa chance de participar efetivamente da construção do nosso país.

E o futuro?

Me sinto privilegiada por viver agora, em meio a essa revolução tecnológica, na crise da hegemonia dos EUA e do neoliberalismo, na era do governo Lula. Vejo esse tempo novo que se abre e todas as chances que temos de disputá-lo, aproveitá-lo.
Eu também viajo muito nessa palavra: futuro. É interessante que na língua italiana o modo verbal do presente tem também um valor de futuro. Olhe, por exemplo, o que estão fazendo os japoneses. Eles já começaram a desenvolver a memória orgânica. Bem, isso quer dizer que daqui a algum tempo, ao invés de um pen drive ou um CD, eu posso carregar tudo em alguma memória que, sendo orgânica, pode estar acoplada em alguma parte do meu corpo. Agora imagine se essa memória puder ser acoplada ao meu olho, ou a minha boca, e eu comece a sentir e ver coisas que, na verdade, não existem no mundo material, mas que, fisicamente, produzem sensações reais. O que isso pode mudar em nossas vidas?

Tem também um doutor em ciências da computação, pernambucano, chamado Silvio Meira que faz umas projeções muito interessantes. Segundo ele, dentro de 15, 20, 30 anos, se você não souber programar, estará alienado da sociedade. Meira afirma que “quando você navega na internet, ou usa o cartão de crédito ou de débito, tudo começa a ficar registrado no sistema. Resultado: daqui a 10, 15 anos, o sistema terá uma pirâmide de informação a seu respeito, o que você gosta de fazer sexta à noite, onde compra comida etc. Mas é parte do nosso modelo de vida social esquecer daquilo que ficou irrelevante. E os sistemas de informação precisam esquecer paulatinamente das coisas também. A questão é: o que será esquecido? Essa discussão é fundamental para determinar em que tipo de mundo viveremos. Agora é a hora de a humanidade começar a conversar sobre como regular essa coisa toda”.

E como vê o papel da juventude nesse quadro?

A juventude é que tornou todo esse cenário de mudanças possível. Se a gente for olhar para a história do Brasil vai ver que tem sempre uma multidão de jovens incendiando as grandes mudanças. O Prestes começou todo o movimento da Coluna, lá na minha terra, no Rio Grande do Sul, com 26 anos. O Lula tinha apenas 23 quando se filiou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Zumbi dos Palmares iniciou a resistência dos quilombo, pasme, com 15 anos! A juventude sempre foi sinônimo de luta, de generosidade, de afeto apaixonado pelas transformações. Todo mundo sabe disso porque todo mundo já foi jovem. Coisa que eu não entendo é quem fica desfazendo da juventude de hoje em detrimento daquela da sua época. Essa conversa só serve às classes dominantes. Essas sim querem que a juventude se adapte. Agora, pra ser bem sincera, não sei até o quando o Brasil ainda vai ser um país composto majoritariamente por jovens. O próximo Censo do IBGE deve apontar para um país mais “envelhecido”. De qualquer maneira, é um fato que os jovens precisam ser muito mais respeitados pelos nossos gestores públicos. Viva a PEC da juventude! Agora eu quero mais!

Mulher militante, comunista. Como é isso? Que vantagens e desvantagens comparativas isso traz?

Ser mulher, independente de ser comunista e militante, te dá uma única vantagem: escolher entre ter e não ter filhos. Como os homens ainda não ficam grávidos, isso é uma decisão exclusiva das mulheres. Por isso, sou totalmente favorável ao aborto. Nunca precisei fazer um e hoje, se ficasse grávida, certamente não faria. Mas tenho a convicção de que essa deve ser uma escolha das mulheres com o apoio do Estado. As religiões deveriam pregar a sua luta contra o aborto através do convencimento, não amparados em uma lei absurda que só privilegia a burguesia que pode pagar clínicas abortivas seguras.

Teus gostos, hobbies, músicas e filmes prediletos.

Eu gosto de muitas, mas muitas coisas diferentes. Não tenho nenhum hobbie. Talvez uma certa mania de colecionar cartões postais e ingressos de todo tipo. Eu escuto de tudo. Adoro a diversidade em todos os sentidos. Ultimamente, uma música que a Sophia Loren canta tem rodado sem parar na minha cabeça. Acho que a melhor maneira de estudar italiano é ouvindo música. Tem um outro rapper italiano que eu gosto muito, o Jovanotti. Amo mesmo é aprender línguas, ler e ver filmes. Se pudesse, passava dias estudando as mais diversas línguas, lendo e olhando filmes. O momento é de mergulho nos escritores africanos. Recomendo “Luuanda”, do José Luandino Vieria. Bom demais! Entre os filmes que mais me marcaram está o “Árido Movie”, uma tese cinematográfica sobre o Brasil contemporâneo. Olha o trailler aí:

Trailler Árido Movie

E militância, que sentido tem pra você?

A militância é o sentido da minha vida. Não sei se ainda estaria aqui se não acreditasse no comunismo. O mundo é muito louco. Cada um se agarra no que pode. Eu me agarrei a esta teoria científica chamada marxismo dialético histórico. Todos os dias, por onde quer que eu passe, faça eu o que eu faça, estou sempre semeando a esperança de que sim: um dia o mundo será comunista e o homem será verdadeiramente livre. Pra mim a militância e o PCdoB não é lugar, um momento. É parte da minha história, o que eu sou. Não estão, mas são a minha vida.

Pra terminar esse bate-papo, que tal lembrar Neruda, que tanto me acompanhou na viagem maravilhosa que fiz em fevereiro de 2009, de barco, por cinco dias, de Belém a Manaus? Diz o nosso poeta: “Confesso que tenho vivido”.

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Universitários protestam contra texto sobre homofobia em SP

Grupo bloqueou rua e faz passeata na região central em resposta a carta de reverendo da Mackenzie contra lei da homofobia


Estudantes e integrantes de movimentos gays realizam protesto contra o posicionamento do reverendo Augustus Nicodemus Gomes Lopes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em relação à lei que pretende criminalizar a homofobia. Em nome da instituição, o líder religioso que representa o Instituto Presbiteriano Mackenzie (entidade mantenedora) publicou carta em que cita passagens bíblicas e se opõe à aprovação da legislação. O protesto começou na Rua Itambé, 45, no bairro Higienópolis, em São Paulo, perto do colégio e da universidade Mackenzie, e neste momento o grupo está na Avenida Paulista. O ato provoca congestionamento e confusão no trânsito. As aulas do Colégio Mackenzie também foram suspensas hoje à tarde.


Ato impede a circulação de ônibus eléttricos na Rua Itambé, em São Paulo
Além de terem impedido que cinco ônibus elétricos circulassem, desde que deixaram a rua Itambé os manifestantes se deslocaram pelas ruas Maria Antônia, Caio Prado e Paulista entre os carros. Veículos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Polícia Militar acompanham a movimentação que começou por volta das 17h30. Uma das vias da Augusta chegou a ficar tomada por manifestantes, e os carros tiveram que trafegar pela contramão. Agora, na Paulista, o grupo ocupa a pista da direita em direção à avenida Brigadeiro Luís Antônio. A manifestação é pacífica e aos gritos de "contra a homofobia, a luta é todo dia" segue até o número 777 da avenida, onde ocorreu a agressão a jovens na semana passada, supostamente motivada por preconceito contra homossexuais.

"A carta do chanceler é uma enorme ofensa tanto para os alunos como para a comunidade gay. As minorias devem ser respeitadas. A fala dele incita a homofobia", diz Leonardo Nones, 18 anos, aluno de arquitetura e urbanismo da Mackenzie, um dos organizadores do ato, que também conta com a participação de alunos de outras universidades, como Carolina Latini, de 20 anos, estudante de ciências sociais na PUC-SP. A jovem apoia a manifestação e diz que a opinião de um chanceler não representa a instituição.

Para o professor e deputado estadual Carlos Gianazzi (PSol), a universidade não tem direito de reproduzir o pensamento homofóbico em seu site. Em microfone utilizado pelos estudantes durante a manifestação, ele afirmou que vai acionar o Ministério da Educação e Cultura (MEC) para que sejam cobrados esclarecimentos e se abra uma sindicância relativa às declarações do reverendo.


Estudantes são contrários a carta publicada por reverendo condendando a lei da homofobia
Em carta que foi publicada no site da Universidade Mackenzie (leia abaixo), o líder religioso diz que a “cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado”. Se por um lado defende o respeito a todas as pessoas, independente de escolhas sexuais, por outro reivindica o direito a livre expressão, que seria tolhido se a lei da homofobia for aprovada. A manifestação foi retirada do site na semana passada, depois que a agressão ocorrida em São Paulo supostamente por motivos homofóbicos ganhou repercussão. Em carta posterior, a universidade informou que o pronunciamento era de autoria da Igreja Presbiteriana do Brasil, realizado em 2007.

No fim da tarde desta quarta-feira, durante a realização do ato, o grupo emitiu mais uma nota oficial, na qual afirma que respeita o direito de expressão de todos os cidadãos e reconhece o direito de manifestação pacífica. "Hoje consolidada como uma das instituições de ensino mais conceituadas do país, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que possui cerca de 40 mil alunos e 3 mil funcionários, sempre prezou pelo respeito à diversidade e pelo direito de liberdade de consciência e de expressão religiosa", diz a nota.

A jornalista e política Soninha Francine (PPS) também prestigia o ato. Segundo a ativista dos direitos dos Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis (GLBTs), é ótimo que esse segmento se manifeste. Embora não conhecesse o conteúdo da manifestação de Augustus Nicodemus Gomes Lopes, foi "gritar junto" porque ficou sabendo que haveria um protesto contra a homofobia.

Leia a íntegra do texto do reverendo:

Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia

"Leitura: Salmo
O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.

Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:

“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).

A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie"

Fonte: Marina Morena Costa, iG São Paulo | 24/11/2010 18:39 - l
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/universitarios+protestam+co...

Tags: (GLBTs), Bissexuais, Gays, Lésbicas, Transexuais, Travestis, direitos, dos, e

sábado, 6 de novembro de 2010

Juca Ferreira: Cultura passou a fazer parte de projeto nacional - Portal Vermelho

Juca Ferreira: Cultura passou a fazer parte de projeto nacional - Portal Vermelho

Diálogo literário: Abelardo da Hora, Abelardo de toda a gente - Portal Vermelho

Diálogo literário: Abelardo da Hora, Abelardo de toda a gente - Portal Vermelho

“Aproximação”: Difícil ficar indiferente - Portal Vermelho

“Aproximação”: Difícil ficar indiferente - Portal Vermelho

Aliança governista fica com maioria dos Estados

31 de outubro de 2010 22:57

Aliança governista fica com maioria dos Estados

valor

SÃO PAULO - Vitoriosos nas eleições à Presidência deste domingo, os partidos que apoiaram a campanha da petista Dilma Rousseff também ficaram com a maioria dos governos estaduais.

No total, o PT junto com o PMDB e o PSB - que compuseram a aliança em torno da candidata - levaram 15 Estados e o governo do Distrito Federal, cuja conquista foi obtida neste domingo por Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Além do Distrito Federal, o PT ficou com quatro Estados: Acre, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul. No entanto, o grande vencedor da aliança governista foi o PSB, um partido que alcançou seis Estados, após consolidar hoje as vitórias no Amapá, na Paraíba e no Piauí.

Os principais colégios eleitorais do país, no entanto, ficaram com o PSDB, que já havia garantido no primeiro turno os governos de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Tocantins.

Derrotados na campanha pelo retorno ao Planalto, os tucanos levaram - na distribuição por partido - a maior parte dos Estados brasileiros (8) - adicionando no segundo turno os governos de Goiás, Pará, Alagoas e Roraima.

Outros três governos estaduais serão administrados nos próximos quatro anos por aliados da campanha de José Serra: os Democratas venceram em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, enquanto o PMN, com Omar Aziz, vai governar o Amazonas.

Apesar das divergências partidárias, Dilma prometeu em seu discurso após a vitória não menosprezar nenhuma região do país e convidou os eleitos - o que inclui os senadores e deputados vencedores no primeiro turno - a trabalhar em uma ação "determinada, efetiva e enérgica" em prol do país.

Também garantiu que a filiação partidária não será usada como critério na seleção de quadros na administração pública, prometendo estimular a "meritocracia".

Com uma diferença de quase 12 milhões de votos, Dilma superou Serra com 56,03% dos votos válidos, conforme dados obtidos quando 99,83% dos votos já haviam sido apurados.

Na contagem da disputa presidencial, os votos brancos somaram 2,3% do total e os nulos, 4,4%. A abstenção neste domingo ficou em 21,48%, acima da taxa de 18,12% registrada no primeiro turno.

(Eduardo Laguna | Valor)

Aliança governista fica com maioria dos Estados

31 de outubro de 2010 22:57

Aliança governista fica com maioria dos Estados

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SÃO PAULO - Vitoriosos nas eleições à Presidência deste domingo, os partidos que apoiaram a campanha da petista Dilma Rousseff também ficaram com a maioria dos governos estaduais.

No total, o PT junto com o PMDB e o PSB - que compuseram a aliança em torno da candidata - levaram 15 Estados e o governo do Distrito Federal, cuja conquista foi obtida neste domingo por Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Além do Distrito Federal, o PT ficou com quatro Estados: Acre, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul. No entanto, o grande vencedor da aliança governista foi o PSB, um partido que alcançou seis Estados, após consolidar hoje as vitórias no Amapá, na Paraíba e no Piauí.

Os principais colégios eleitorais do país, no entanto, ficaram com o PSDB, que já havia garantido no primeiro turno os governos de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Tocantins.

Derrotados na campanha pelo retorno ao Planalto, os tucanos levaram - na distribuição por partido - a maior parte dos Estados brasileiros (8) - adicionando no segundo turno os governos de Goiás, Pará, Alagoas e Roraima.

Outros três governos estaduais serão administrados nos próximos quatro anos por aliados da campanha de José Serra: os Democratas venceram em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, enquanto o PMN, com Omar Aziz, vai governar o Amazonas.

Apesar das divergências partidárias, Dilma prometeu em seu discurso após a vitória não menosprezar nenhuma região do país e convidou os eleitos - o que inclui os senadores e deputados vencedores no primeiro turno - a trabalhar em uma ação "determinada, efetiva e enérgica" em prol do país.

Também garantiu que a filiação partidária não será usada como critério na seleção de quadros na administração pública, prometendo estimular a "meritocracia".

Com uma diferença de quase 12 milhões de votos, Dilma superou Serra com 56,03% dos votos válidos, conforme dados obtidos quando 99,83% dos votos já haviam sido apurados.

Na contagem da disputa presidencial, os votos brancos somaram 2,3% do total e os nulos, 4,4%. A abstenção neste domingo ficou em 21,48%, acima da taxa de 18,12% registrada no primeiro turno.

(Eduardo Laguna | Valor)

Aécio Neves assedia aliados de Lula

Aécio Neves assedia aliados de Lula

Sáb, 06 Nov, 07h55

Com apoio de partidos da base governista, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) deflagrou articulação política para conquistar a presidência do Senado, acenando em troca com apoio para os parceiros de empreitada controlarem a Câmara.

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Na chamada "operação Aécio", bancada por PSDB e DEM e com o apoio informal de setores do PSB e do PP - podendo ter a adesão de PDT e PC do B -, seria formada uma ampla aliança entre esses partidos. Isso garantiria ao grupo uma expressiva quantidade de votos na Câmara e no Senado, ameaçando a parceria entre PMDB e PT para controlar as duas Casas.

No Senado, a soma do bloco de oposição formado por PSDB, DEM e PPS garante 18 votos, total que pode subir para 21, com a adesão de senadores dissidentes do PMDB. É pouco para impor perigo à dupla PMDB-PT. Mas a costura de um acordo com PP (5 senadores), PDT (4 senadores) PSB (3 senadores) e PC do B (2 senadores) mudaria esse patamar para 32 senadores, o que garantiria uma largada forte nessa disputa contra outros 17 senadores do PMDB e 14 do PT. Assim, a decisão da questão se daria por meio da captura dos votos de partidos mais flutuantes, como PTB e PR, por exemplo.

Não se trata de uma equação fácil, muito menos de efeito garantido, já que o poder de fogo do governo federal é muito grande e pode fazer com que parlamentares da base governista desistam de embarcar no projeto de Aécio, sob pena de retaliação política. Dentro do Palácio do Planalto ainda não surgiu a ordem para explodir os planos tucanos. Mas apenas a existência dessa movimentação já preocupa o governo, que não deseja ver um adversário em potencial da próxima disputa presidencial comandando a pauta e a agenda do Senado e deve atuar para impedir sua vitória.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

http://www.vermelho.org.br/higienesocial/noticia.php?id_noticia=129752&id_secao=259

http://www.vermelho.org.br/higienesocial/noticia.php?id_noticia=129752&id_secao=259

Censo 2010: Brasil tem 185,7 milhões de habitantes - Portal Vermelho

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